Minha Empresa

 Nome fantasia: CONCESSIONÁRIA FIAT AMACOVEL.
 Empresa: Amambahy Comércio de Veículos Ltda.
 Ramo de atuação: Comercialização de veículos novos e usados. Compra, venda e troca de veículos automotores em geral. Associada a Rede autorizada FIAT.
 Numero total do corpo de funcionários: 41

 Secretários: 06/ Atribuições: Assessorar os gerentes nos desempenhos de suas funções, gerenciando informações, auxiliando na execução de suas tarefas administrativas, financeiras em reuniões, marcando e cancelando compromissos. Coordenam e controlam equipes e atividades; controlam documentos e correspondências. Atendem clientes externos e internos; organizam eventos e viagens e prestam serviços. Podendo cuidar da agenda pessoal dos gerentes.
 Gerente de vendas: 04/ Atribuições: coordenar os vendedores; Elaborar planos estratégicos das áreas de comercialização e marketing. Bem como também inspecionar todas as vendas, montar gráficos e relatórios mensais de desempenho. Também é atribuição estar a par de todas as negociações, finalizando todo o processo burocrático de venda, compra e ou troca de veículos junto aos vendedores
 Gerente Administrativo/ Financeiro: 01/ Atribuições: Fazer cumprir e coordenar os processos administrativos, financeiros, contábeis/fiscal, recursos humanos e operacionais da empresa; participar ativamente dos projetos estratégicos; participar na elaboração do planejamento orçamentário e controlar sua execução; responder pelo desenvolvimento/capacitação e integração das equipes de trabalho nas diversas áreas; entre outras
 Analista de sistemas: 01/ Atribuições: responsável pela montagem e manutenção dos sistemas de informações e comunicações da empresa.
 Vendedores: 16/ Atribuições: Responsáveis pela parte inicial da negociação direta com os compradores.
 Lavagem e inspeção de veículos: 06/ Atribuições: monitorar os veículos que saem e entram no pátio, bem como inspecionar possíveis defeitos dos automóveis, cuidando e mantendo a qualidade dos produtos.
 Copeiros: 02/ Atribuições: servir os clientes e os demais funcionários da empresa com produtos alimentícios, bem como efetuar o preparo e cuidar do ambiente e do preparo destes alimentos.
 Limpeza: 04/ Atribuições: manter a higiene e limpeza constante da Empresa.
Assistente social: 01/ Atribuições: organizar as relações das pessoas que a compõem, buscando proporcionar a qualidade de vida no trabalho.

• ORGANOGRAMA:










• APRESENTAÇÃO:
O assistente social vem gradativamente ampliando seu espaço de atuação, rompendo com o estigma de profissão vinculada aos serviços públicos, e abrangendo cada vez mais seu exercício profissional em empresas e no terceiro setor.
Essa expansão do mercado de trabalho para o serviço social encontra resposta nas constantes transformações que vem sofrendo a sociedade planetária com os avanços tecnológicos, a globalização e a reestruturação produtiva, que incidem diretamente nas relações sociais, nas relações de trabalho e na economia.
Tais fatores trazem consigo, a necessidade de uma profissão que atue nestas relações, as quais são inerentes ao processo de transformação, sendo o serviço social requisitado como tal.
No ambiente empresarial em especifico, o serviço social vem inserindo de forma mais expressiva sua participação, fato que se dá devido flexibilização dos processos de produção e acumulação que repercutir diretamente nas relações de trabalho, na sociedade, na gestão e no consumo da força de trabalho.
Conforme Freire (2003) a flexibilização é uma forma encontrada pelo capital para superar a crise que permeava no início dos anos 70. A autora ressalta ainda que a flexibilização não estar apenas nas estratégias de produção e racionalização, mas também nas condições de trabalho, nos direitos e nos compromissos do Estado para com a população, conquistas advindas do Keynesianismo surgida na década de trinta e permanecendo até meados da década de 70 quando iniciou-se o neoliberalismo.
Frente a esses acontecimentos Mota (1998) ressalta que a requisição do assistente social pela empresa, antes de qualquer coisa, confirma que a expansão do capital implica no surgimento de novas necessidades sociais, passando a empresa a requisitá-lo para desenvolver um trabalho de cunho assistencial e educativo junto ao empregado e sua família.
Nesse prisma, a empresa vê no assistente social uma forma de organizar as relações das pessoas que a compõem, buscando proporcionar a qualidade de vida no trabalho, objetivando reafirmar seus interesses capitalistas.
Essa preocupação com as pessoas – empregados e familiares mesmo que visando aumento da produtividade de seus funcionários – traz em si, aspectos da Abordagem Humanística da Administração que segundo Chiavenato (2000) rompe com a ênfase na tarefa – Teoria científica – e na estrutura organizacional – Teoria Clássica – para ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações.
A teoria das Relações Humanas representou um marco na história da administração por valorizar as características da pessoa, humana, fatores sociais, psicológico, grupais, motivacionais, que fazem diferença no envolvimento do trabalhador com o trabalho, com a produtividade, com o relacionamento pessoal e interpessoal junto ao grupo e a empresa.
Dessa forma ao requisitar o assistente social para atuar junto aos seus funcionários, e aos serviços assistenciais ofertados para o atendimento as necessidades do trabalhador, as empresas evidenciam uma preocupação com a pessoa, centralizando sua atenção neste para fins de assegurar os interesses próprios da empresa, evidenciando assim, características similares aos da Abordagem Humanística dentro da Administração empresarial, ponto de discussão deste trabalho.
• PROBLEMATIZAÇÃO:
Pioneira no mercado em vendas de veículos novos e usados diretamente ao consumidor a AMACOVEL conta com um serviço diferenciados de atendimento buscando sempre a excelência em oferecer em suas amplas e melhores instalações, dando maior comodidade e agilidade nos diversos serviços, oferecidos, conta com um serviço exclusivo de negociação feita pela Internet, no qual estreita o acesso aos seus clientes a nossa loja, visando sempre à satisfação maior em suas relações entre clientes e a empresa. Porem a empresa vem sofrendo uma queda em suas vendas e perdendo clientes nestes últimos meses, tendo a maior baixa nas vendas, no segundo semestre deste ano. Depois de uma analise minuciosa, efetuada pelo pessoal de RH (recursos humanos) dentro da instituição notoriamente vê que esta baixa é atribuída às faltas ao trabalho do corpo de funcionários da empresa, na qual gera uma insatisfação entre empresa e o funcionalismo. Já esgotaram todas as tentativas do setor de RH, para com estes funcionários. Pensando nesta problematização que se fez necessário a criação de um novo setor dentro do RH, no qual se fez necessário a contratação de um ASSISTENTE SOCIAL.
Que junto ao RH realize trabalhos mais específicos, a fim de criar melhor relação de bem estar entre funcionários e empresa, no qual será atribuída a este novo funcionário a tarefa de propor políticas empresariais a fim de subsidiar, auxiliar como intermediador, traçando metas trabalhistas tais como, plano de salários, saúde, melhoria do quadro de jornada de trabalho, todo um planejamento especifico, que proporcione melhores condições de trabalho e bem estar aos funcionários da empresa em questão, fazendo com que a AMACOVEL retome com maior eficácia e normalidade suas funções junto ao mercado de trabalho.
• INTRODUÇÃO: RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante deste prisma dos interesses capitalistas no desenvolvimento das ações assistenciais, Mota (1998) corrobora afirmando que "o serviço social na empresa é polarizada ente a convivência objetiva com as condições de vida e trabalho do empregado e as prerrogativas da entidade". Mesmo que ações como a mencionada legitime os interesses capitalistas, o assistente social não pode se negar a desenvolvê-las por mais que esta se apresente como estratégia da empresa. Contrário a isso, o assistente social tem que se inserir atuar junto aos serviços assistenciais ofertados pelo empregador, fazendo com que tais serviços sejam produtos de consciência, criados e executados de acordo com os reais interesses da classe trabalhadora, centrando-se nas necessidades materiais, pessoais, interpessoais, sociais grupais destes, tornando-se "satisfatório também" aos interesses do trabalhador. Como salienta Iamamoto (2001) o exercício da profissão na contemporaneidade requer ação de um profissional competente para propor, para negociar com a instituição e seus projetos, para defender seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais, "requer, pois, ir além das rotinas institucionais e buscar apreender o movimento da realidade para detectar tendências e possibilidades nela presentes passíveis de serem impulsionadas pelo profissional". Assim o assistente social não negara a importância de estar atuando junto ao trabalhador na empresa, e usará de suas habilidades, criatividade e capacidade de intermediar e propor para tornar o atendimento sócio-assistencial da empresa um meio efetivo de atenção aos interesses do trabalhador, por mais que isso também leve a satisfação dos interesses do empregador, pois parece ser indissociável a realização de um em detrimento do outro. Todavia, a requisição do assistente social pela empresa torna-se inerente a esse processo de legitimação do capital, o que se pode fazer é tornar os serviços assistenciais mais focalizados o possível nas necessidades do trabalhador, possível para mota (1998) "desde que a perspectiva de ação do assistente social seja respaldada na ação negadora do trabalhador que ao vivenciar a desigualdade na empresa, obrigando-a a suprir suas necessidades, já nega potencialmente a dominação".
A autora argumenta ainda que, para realizar uma ação transformadora, o assistente social tem que compreender que, sobre as origens de sua requisição pela empresa, ele pode negar a dominação do requisitante, à medida que constrói junto com o trabalhador um projeto político alternativo que não se restringe ao âmbito localista da empresa.
No entanto, essa inversão depende das condições objetivas, da consciência social e de autonomia técnica do profissional, fazendo com que a prática da profissão, acompanhe a atualização dos tempos, a inferência que sofre a contexto profissional no contexto histórico atual, concentrando no objeto de intervenção, as evoluções, transformações e avanços pertencentes à contemporaneidade.
Tendo as ações do assistente social essa intencionalidade, o processo de "troca", em que o trabalhador criara valores para o capital recebendo como retorno, ações que "supram" suas necessidades, terá um caráter racional dos interesses múltiplos, evidenciando um ciclo em que o capital legitima seu caráter cumulativo, e em contra partida, o trabalhador ganha em ações e benefícios, tendo a condição de classe explorada suprimida pelo atendimento a suas carências materiais, sociais e psicológicas.
Tal ciclo, não isenta a condição de exploração do capital, mas contribui para que o trabalhador ganhe em condições de realizar-se no trabalho, já que o trabalho é incondicional a sua sobrevivência, e faz da intervenção do assistente social uma prática negadora da dominação do capital, elevando o trabalho a condição de realização mais humana possível.
A abordagem mais recente da administração – Abordagem Contingencial – estabelece que não há nada absoluto nas organizações, ou na Teoria da Administração, para esta, tudo é relativo, tudo depende.
Com tudo, esses acontecimentos expressos trazem em si, a proeminência no ser humano, não que se queira aqui determinar o retorno da administração pautada na Teoria das Relações Humanas, esse trabalho pauta-se no pressuposto de que a requisição do assistente social pela empresa para atuar junto aos trabalhadores, na gerencia e implantação de serviços sócio-assistenciais para que este possa produzir mais e melhor, centralizando o ser, homem, e suas particularidades como produto importante no processo de produção, evidencia um momento – mesmo que parcialmente – de encontro com o conceito base da teoria das relações humanas, sendo, dessa forma, vivenciada a Abordagem Humanística na Administração contemporânea.
• CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Teoria das Relações Humanas surgiu no inicio da década de 1930 e vigorou até meados da década de 1960 quando entrou em declínio. No entanto sua descoberta deu uma nova direção à administração, elevando o homem social ao nível de ator principal nas preocupações da empresa.
Com o advento dessa teoria, contextos de liderança, motivação, comunicação informal, dinâmicas de grupo, dentre outros, ganharam espaço nas discussões da empresa rompendo como os conceitos clássicos mecanicistas de administração. Hoje pode-se observar um resgate – mesmo que indefinido teoricamente – dos valores da Abordagem Humanística da Administração por meio da requisição do assistente social junto a empresa, para suprir com as carências do trabalhador na oferta de serviços assistenciais, materiais, trabalhos grupais, relações interpessoais, dentre outros que visam a qualidade de vida no trabalho, afim de garantir também a melhoria dos bens e serviços produzidos pelo trabalhador e ofertados pela empresa.
Como afirma Faleiros (2002) a construção do abjeto do serviço social hoje se faz dentro do contexto institucional, no exercício do poder profissional, no confronto de estratégias de sobrevivência/vivencia com as exigências da reprodução e as formas de percepção, representação e manifestação de interesses, identidades das organizações.
Nesse sentido, o serviço social na empresa, tem que configurar-se como o processo de reprodução do objeto da profissão, gerenciando os serviços sociais oferecidos pelo seu requisitante, atuando junto às relações sociais, interpessoais, e grupais, articulando novos mecanismos para promover a efetividade das ações assistenciais que dispõe a empresa, buscando promover a qualidade de vida no trabalho.
Em tais conjunturas, nota-se que a empresa intensifica sua preocupação com a pessoa, o ser social, percebendo que este é movido por fatores psicológicos, motivacionais e grupais, e que tais fatores influenciam no seu desempenho profissional, revivendo assim aspectos da Abordagem Humanística da Administração décadas após esta ser questionada e entrar em declínio.
No entanto, Chiavenato (2000) ressalta que as teorias administrativas representam as soluções encontradas pela administração para determinadas circunstâncias, tendo em vista as variáveis focalizadas e os temas mais relevantes.
O autor ressalta ainda quanto a cautela que deve-se ter ao dizer que uma determinada teoria é ultrapassada, assim, não se pode negar que as características encontradas hoje na administração, centralizando a preocupação com o trabalhador, proporcionando benefícios para que este tenha uma qualidade de vida e possa desempenhar bem seu trabalho, e, requisitando o assistente social como profissão qualificada para atuar nas relações sociais, na intermediação entre a instituição e o trabalhador, na gerencia dos serviços ofertados, dentre outras atividades, são similares à Abordagem Humanística e até mais avançadas, evidenciando assim um resgate parcial da referida abordagem como fins de ampliar e melhorar os serviços prestados pela instituição.
• REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

• CESAR, Mônica de Jesus. A experiência do serviço social nas empresas. Capacitação em serviço social e políticas sociais. Brasília: UNB, 1999, p. 167 – 180.
• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
• FALEIROS, Vivente de Paula. Estratégias em serviço social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
• FREIRE, Lúcia M. B. O serviço social na reestruturação produtiva: espaços, programas e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2003.
• IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
• MOTA, Ana Elizabete da. O feitiço da ajuda: as determinações do serviço social na empresa. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
• SCANIA. Relatório social e ambiental. Disponível em http:// www.scania.com.br. Acesso em 27 de março de 2008.

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