Trabalho de Literatura Infanto-juvenil

A Importância da Leitura para nossa vida.

Até que ponto a leitura nos influencia?

Prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. Desde a minha infância a relação com a leitura tem sido muito bem relacionada com o meu presente. Lembro-me de forma inesquecível dos momentos de leitura que meu pai fazia sobre sua infância, recheadas de contos e causos, isto me levava ao mundo onde a leitura ascendia com significância, convidando a conhecer novos horizontes, nos quais a leitura transpassava a simples simbologia

A leitura para mim não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar, compreender o que se lê. Segundo Ângela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos lingüísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.

Logo após comecei a ler cedo, me encantava o mundo colorido e alegre das revistas em quadrinhos, recordo-me bem de ter vários exemplares da turma da Monica e do Marvel, nas quais me encantavam as histórias heróicas de super heróis que combatiam o crime, mas tudo isso era uma leitura na qual fazia através das imagens. Meu pai sempre que vinha do trabalho trazia e me presenteava com um exemplar. Esta leitura me proporcionou um universo novo repleto de imaginação, onde os personagens saltavam das revistas e juntavam-se a mim em minhas brincadeiras, no meu mundo. Surgiu a partir daí o uma coisa nova, o meu despertar para a leitura, a vontade de conhecer as palavras. Neste processamento os textos, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê são alcançados, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo. Lembro-me bem de sempre perguntar aos meus pais o que tinha ali dentro dos balões brancos e eles liam, sempre que podiam e através destas leituras pude perceber que ali as histórias e as imagens tinham um significado, o que me chamava mais atenção. Depois que aprendi a ler tudo começava a fazer sentido, tudo se encaixava, só que em meu intimo continuava a sonhar junto com a leitura dos meus gibis, a partir da minha leitura surge o meu primeiro livro Dom Quixote, eu fiquei fascinado por suas aventuras errantes, eis ai o ponto inicial da minha primeira interpretação, Pois cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é à vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura. Sendo assim, fica claro que cada leitor é co-autor.

A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.

Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.

E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas. Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.

É através destes pensamentos que desenvolvo aqui, a importância suma da leitura para a minha vida, que ela é puro prazer, envolvente num mundo de desafios que levam ao infinito imaginário, em que tudo se torna a mais pura das realidades.

Referencias

Kleiman, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas, SP. Pontes, 1997.

Freire, Paulo. A importância do ato de ler. 22 ed. São Paulo – SP. Cortez, 1988

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